Hoje a Vouga da nossa infância cresceu, alargou, já é a Barragem.
A exposição solar, privilegiada, dotou-a de um micro clima ameno, propício à fixação da população e ao cultivo da terra. E essa será a razão maior para explicar a antiguidade de Valadares, anterior à própria fundação da nacionalidade. Há notícia do seu povoamento antes do século X, existindo já como paróquia quando passou a pertencer à jurisdição do Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões.
Em 1139 D. Afonso Henriques fez doação do Couto de Valadares a este Mosteiro, que passou, assim, a deter poderes não só de administração religiosa, mas também de administração da justiça e de administração das terras do Couto. A partir de 1161 o Couto de Valadares passa a ser designado por Couto de Baixo. Sobre Valadares pode ler-se nas Inquirições de D. Afonso III : Valadares é toda do Mosteiro de S. Cristóvão e é couto pelo Senhor Rei D. Afonso velho.
A situação de dependência do Mosteiro manteve-se até à extinção das ordens religiosas, já no século XIX.
A freguesia de Valadares tem uma área de 20,42 km2 e é constituída pelas povoações de Valadares, Covelo, Gramol, Vilarinho, Preguinho, Chão do Coto, Ortigueira, Ribeiras, Gamoal, Paradela, Pedreira, Granja e Boavista.